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ELEIÇÕES

Após visitar o pai, Flávio Bolsonaro diz que pré-candidatura é "irreversível"

Senador fala em "injustiça" contra Jair Bolsonaro, reforça que sua pré-candidatura é "irreversível" e comenta articulações políticas após reunião com aliados

Danandra Rocha - Correio Braziliense

Publicado: 09/12/2025 às 12:33

Flávio Bolsonaro visita o pai na sede da Polícia Federal, em Brasília/ Cássia André/CB/D.A Press

Flávio Bolsonaro visita o pai na sede da Polícia Federal, em Brasília ( Cássia André/CB/D.A Press)

Na saída da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, na manhã desta terça-feira (9/12), Flávio Bolsonaro concedeu uma coletiva após visitar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O senador descreveu o encontro como “emocional”, afirmou que encontrou o pai “mais disposto” e disse ter sido um “aperto no coração” visitá-lo “em situação injusta”, segundo ele.}

Flávio informou que a defesa protocolaria ainda hoje um pedido de prisão domiciliar humanitária, alegando base técnica suficiente para que, “com um mínimo de bom senso e humanidade”, Bolsonaro seja transferido para casa. Ele afirmou esperar “que Deus permita” essa decisão.

O senador disse ter atualizado o pai sobre a repercussão de sua pré-candidatura à Presidência, anunciada na semana passada. Segundo ele, Bolsonaro “ficou muito feliz” com a primeira pesquisa divulgada após o lançamento do Instituto Veritas, que mostraria empate técnico com Lula. “Ao contrário do que muita gente dizia, que era um nome inviável”, afirmou. Disse ainda que o pai agradeceu a manifestação pública do governador Tarcísio de Freitas e que acompanharam juntos parte da cobertura televisiva.

Flávio reforçou que a sua candidatura é “irreversível”, expressão que ele atribui ao próprio ex-presidente. Tentou também esclarecer a declaração de domingo, quando disse haver um “preço” para desistir da disputa. Segundo ele, o sentido foi mal-interpretado: “Meu preço é Bolsonaro livre e nas urnas. Ou seja, não tem preço”. Disse que sua fala se referia à defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, tema que, segundo afirmou, ainda angustia Bolsonaro. Repetiu que a pauta deve ser apreciada pelo plenário do Congresso, não “interditada” pelo relator.

Na coletiva, o senador voltou a comentar o jantar de articulação realizado em sua casa ontem (8), com os presidentes do PL, do União Brasil e lideranças do PP. Segundo ele, o encontro foi “franco e positivo”, dissipando rumores de isolamento político. Flávio relatou que pediu apoio formal aos dirigentes e que eles avaliarão impactos nos estados antes de avançar. “A candidatura é para valer, não é balão de ensaio”, disse.

Questionado sobre a reação negativa do mercado financeiro à sua entrada na disputa, Flávio atribuiu o movimento ao “receio de mais quatro anos de Lula”, e não ao seu nome. Ele afirmou já ter conversado com figuras influentes do setor e disse que pretende dialogar “com todos que quiserem conversar”. “Cabe a mim provar que minha candidatura é a vencedora”, afirmou. Após a saída do senador, a ex primeira dama, Michelle Bolsonaro (PL) chegou para visitar o ex presidente.

 

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