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Conflito

WhatsApp nega compartilhar dados de usuários do Irã com Israel

O Irã pediu para a população excluir o aplicativo por temores de espionagem israelense

AFP

Publicado: 18/06/2025 às 10:27

Uma foto fornecida pelo gabinete do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, mostra-o acenando durante uma cerimônia por ocasião do 36º aniversário da morte do aiatolá Ruhollah Khomeini, em Teerã, em 4 de junho de 2025. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse à ABC News, em uma entrevista em 16 de junho, que assassinar o líder supremo do Irã

Uma foto fornecida pelo gabinete do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, mostra-o acenando durante uma cerimônia por ocasião do 36º aniversário da morte do aiatolá Ruhollah Khomeini, em Teerã, em 4 de junho de 2025. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse à ABC News, em uma entrevista em 16 de junho, que assassinar o líder supremo do Irã "encerraria o conflito" entre os dois arqui-inimigos. Seus comentários foram feitos quando questionado sobre relatos de que o presidente dos EUA, Donald Trump, vetou um plano israelense para matar Khamenei por receio de que isso intensificasse o confronto Irã-Israel. (Foto de KHAMENEI.IR / AFP ( AFP)

O WhatsApp garantiu nesta quarta-feira (18) que não compartilha dados pessoais de usuários iranianos com o governo de Israel, após o Irã pedir para a população excluir o aplicativo por temores de espionagem, no sexto dia de conflito entre os dois países do Oriente Médio.

A televisão estatal iraniana pediu na terça-feira que a população "removesse o aplicativo WhatsApp de seus telefones celulares", alegando a coleta de dados pessoais, incluindo a localização dos usuários, e que "os repassa ao inimigo sionista".

"Estamos preocupados que essas notícias falsas possam ser usadas como desculpa para bloquear nossos serviços, justamente em um momento em que as pessoas mais precisam", reagiu, em comunicado, um porta-voz do WhatsApp, que pertence ao grupo Meta.

"Todas as mensagens que você envia a seus familiares e amigos no WhatsApp são inteiramente criptografadas, o que significa que ninguém, além do remetente e do destinatário, tem acesso a essas mensagens, nem mesmo o WhatsApp", relembrou.

"Não fornecemos informações a nenhum governo (...) há mais de dez anos, a Meta publica relatórios de transparência que detalham os casos específicos em que informações foram solicitadas ao WhatsApp".

O Ministério das Comunicações do Irã anunciou na sexta-feira, primeiro dia dos ataques cruzados entre os dois países, restrições temporárias ao acesso à internet no país.

Muitos sites e aplicativos estão parcial ou totalmente inacessíveis.

Autoridades iranianas pediram na terça-feira que a população "reduzisse ao mínimo o uso de dispositivos conectados à internet e adotasse as precauções necessárias" na rede, segundo a agência de notícias Isna.

Funcionários e suas equipes de segurança estão proibidos de utilizar qualquer dispositivo conectado à rede, incluindo smartphones e smartwatches, além de computadores portáteis, segundo uma diretriz oficial.

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