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Exame de DNA é o novo recurso para tratamento capilar mais efetivo

O exame analisa e identifica predisposições genéticas relacionadas à saúde dos cabelos e do couro cabeludo,

Isabel Alvarez

Publicado: 18/08/2025 às 16:15

O exame analisa e identifica predisposições genéticas relacionadas à saúde dos cabelos e do couro cabeludo/Canva

O exame analisa e identifica predisposições genéticas relacionadas à saúde dos cabelos e do couro cabeludo (Canva)

O exame de DNA é uma ferramenta moderna da evolução científica também para se ter conhecimento de qual é o tratamento mais adequado e seguro para manter a saúde capilar e, inclusive, evitar problemas futuros. É a partir de informações sobre os genes que os tratamentos se tornam personalizados e mais assertivos para o paciente.

O exame analisa e identifica predisposições genéticas relacionadas à saúde dos cabelos e do couro cabeludo, e detectam fatores ligados a alopecias androgenéticas, rarefação, queda, coceira, envelhecimento capilar, controle da microbiota, processo inflamatório, sensibilidade a hormônios e deficiências nutricionais associadas, ausência ou lentidão no crescimento além de determinadas patologias e disfunções.

Coletada de forma não invasiva, a amostra do DNA é encaminhada para um laboratório especializado e, em seguida, é gerado um relatório. Com esses dados, o tratamento pode ser direcionado de acordo com as características da carga genética de cada pessoa, que se traduz em cuidados individualizados, eficazes e precisos.

A biomédica e tricologista, Sheila Bellotti, membro da Sociedade Italiana de Tricologia e do Grupo Latino Americano de Tricologia, esclarece que o exame ainda avalia propriedades como a espessura do fio, velocidade de crescimento e tendência à fragilidade. A genética influencia, além disso, a textura, cor, densidade, tipo de ondulação, que são variações consideradas nas formas dos genes. Sheila afirma que com o exame de DNA é possível repor apropriadamente as vitaminas, minerais, ativos e demais componentes necessários, uma vez que os genes exercem influência e até controle na capacidade de absorver e processar nutrientes essenciais para a preservação da saúde capilar.

“Por isso, conhecer profundamente a genética do cabelo oferece poder viabilizar a recomendação dos melhores protocolos ao paciente. Através da investigação do DNA é permitido compreender que os genes podem induzir, por exemplo, o folículo capilar, que produz a fibra capilar e a papila dérmica, responsáveis pelo ciclo de crescimento. E assim indicar, neste caso, os procedimentos que regeneram estruturas e promovem a saúde capilar de dentro para fora”, complementa a tricologista.

Mas, a especialista aponta ainda que um cabelo saudável depende de um conjunto de outros fatores relacionados à alimentação balanceada, hábitos de vida, condições climáticas, agentes externos, microbiota intestinal, condições do couro cabeludo, estado emocional e metabolismo do organismo. Sendo que muitos destes pontos também se favorecem com o exame, de modo que as orientações profissionais podem traçar um planejamento terapêutico mais específico e aprofundado, que se estende a medidas de precaução.

 

Além disso, o couro cabeludo exerce grande influência, porque está sujeito a disfunções biológicas, como sensibilidade, inflamação, alergias a coloração, desequilíbrios na microbiota, entre outros.

“Diversos genes ligados ao fator androgenético, envelhecimento, crescimento e a metabolização de vitamina D podem comprometer a saúde do couro cabeludo. Já os genes associados ao estresse oxidativo e processos inflamatórios podem ser modificados por fatores ambientais e alimentação”, diz Sheila Bellotti, acrescentando que o exame traz outros benefícios como a personalização das orientações alimentares e dos cuidados diários.

É uma tecnologia que une ciência e estética baseado no perfil genético, que atua igualmente na colaboração da prevenção de problemas antes mesmo deles se manifestarem visivelmente. “O recurso traz tanto resultados satisfatórios e duradouros ao paciente quanto otimiza o acompanhamento profissional”, finaliza.

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