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Suspeitos de tráfico são alvo de operação em 3 estados; Quadrilha movimentou mais de R$ 328 milhões

Segundo PF,  Operação Sintonia Fina foi realizada pela Ficco  cumpre, nesta quarta (3), 52 mandados de prisão e buscas, em várias cidades de Pernambuco, além de municípios de SP e MS

Diario de Pernambuco

Publicado: 03/09/2025 às 10:47

Armas e munições foram apreendidas na operação /Divulgação/PFPE

Armas e munições foram apreendidas na operação (Divulgação/PFPE)

Uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, venda ilegal de armas e lavagem de dinheiro é alvo de uma operação deflagrada, nesta quarta (3), pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco (FICCO/PE).

Segundo a Polícia Federal em Pernambuco, os alvos da Operação Sintonia Fina movimentaram, nos últimos anos, mais de R$ 328 milhões.

Também são suspeitos de ocultar a origem ilícita dos recursos por meio do uso de empresas de fachada e de contas bancárias em nome de terceiros.

São cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, 31 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de valores e sequestro de bens dos investigados.

A operação está sendo realizada no Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Itaquitinga, Paudalho, Tacaimbó, Caruaru, Campo Grande (MS) e Itanhaém (SP).

As medidas foram determinadas pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Jaboatão dos Guararapes.

Investigação

Ainda segundo a PF, as investigações começaram em 2024. A apuração apontou que o grupo investigado “mantinha intensa atividade criminosa violenta na capital, região metropolitana e interior do Estado”.

Também foram identificadas a estrutura de comando e as conexões da organização criminosa com crimes no Grande Recife, mesmo depois da prisão de principal líder, em 2024, que, atualmente, está em um presídio federal.

Desdobramento

A Operação Sintonia Fina é resultado da análise de elementos compartilhados a partir das Operações Manguezais (2022) e La Catedral (2024), igualmente deflagradas pela FICCO/PE, que já haviam identificado irregularidades no sistema prisional do Estado.

 FICCO

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco – FICCO/PE – é composta pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), Polícia Federal (PF), Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), Polícia Penal de Pernambuco (PPPE), Secretaria da Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN).

Operação La Catedral

A Operação La Catedral desarticulou uma organização criminosa composta por detentos e policiais penais que atuavam no Presídio de Igarassu, em Pernambuco.

O grupo promovia a prática de diversos crimes dentro da unidade prisional, incluindo corrupção e tráfico de drogas. O alvo é um ex-diretor do presídio.

A investigação teve início após a identificação de um detento que comandava diversas atividades ilícitas na unidade, contando com o apoio de servidores do sistema prisional. Durante as apurações, foram constatados atos de corrupção passiva praticados por policiais penais, além de acessos indevidos a sistemas internos para favorecer detentos.

 Manguezais

A Operação Manguezais foi deflagrada contra uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes.

Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e efetuadas 29 prisões. Todos os detidos já foram encaminhados aos sistemas prisionais.

Além disso, foram apreendidos quatro veículos de luxo, dez aparelhos celulares, um revólver calibre .38, uma réplica de fuzil e R$ 112 mil em espécie, com a realização de uma prisão em flagrante.

Investigação

A investigação foi iniciada no final de 2022, tendo como foco um grupo chefiado por um presidiário que já respondia a outros processos criminais e que estava atuando com o tráfico de drogas na região de Rio Formoso, Tamandaré e outras cidades do litoral sul de Pernambuco.

Com o avanço das investigações, chegou-se ao conhecimento das ramificações da organização criminosa, que possuía tentáculos nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso.

Além disso, havia uma setorização das atividades criminosas, com alas dos grupos atuando diretamente no tráfico, lavagem de dinheiro e na intimidação e guerra pelo domínio de áreas onde estabeleceram pontos de vendas de entorpecentes.

 

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