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EXPOSIÇÃO

Exposição 'Cartografia Construtiva' conecta obras históricas e contemporâneas no Recife

A mostra reúne oito artistas e 26 trabalhos que exploram geometria, cor e arquitetura como linguagem artística.

Diario de Pernambuco

Publicado: 20/08/2025 às 16:30

Exposição coletiva 'Cartografia Construtiva'/Divulgação

Exposição coletiva 'Cartografia Construtiva' (Divulgação)

A exposição coletiva “Cartografia Construtiva” reúne 26 obras de oito artistas que dialogam entre memória e invenção. Com trabalhos que vão dos anos 1980 às produções contemporâneas, a mostra explora a geometria, a cor e a arquitetura como eixos de linguagem. A inauguração acontece nesta quinta, às 19h, na Número Galeria, na zona sul do Recife, e segue até 21 de setembro.

Algumas obras históricas, preservadas em acervos privados, chegam ao público depois de décadas sem circulação. Entre elas estão “Sistema X”, de Iza do Amparo, e “Fachada X”, de Roberto Lúcio, cujas combinações de cores e relevos arquitetônicos reforçam a atualidade e a potência de trabalhos clássicos. O diálogo com produções recentes enriquece a narrativa da exposição.

As investigações contemporâneas ampliam o campo construtivo em múltiplas direções. Aprígio Fonseca explora a disciplina da forma em seus “Cobogós”; Eduardo Gaudêncio cria tensão espacial em “Corte Vazio”; Márcio Almeida aprofunda densidades cromáticas; Gabriel Petribú mistura palavra e imagem; Joelson Biu ergue colunas cerâmicas verticais; e Humberto Peixoto apresenta escultura vermelha em madeira, marcada por instabilidade e energia.

Segundo Eduardo Gaudêncio, artista e diretor da Número Galeria, a disposição de blocos de cor, repetições e contrastes cria uma cadência visual que amplia a percepção do espaço expositivo. O visitante percorre uma narrativa que atravessa quase meio século de experimentações, conectando passado e presente.

A exposição propõe um percurso em que a geometria se reafirma como gesto atemporal e a cor conecta gerações. O público é convidado a contemplar e explorar essa cartografia simbólica, percebendo como a arte construtiva continua viva e em constante reinvenção.

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