Corpo de Juliana Marins chega ao Rio, onde passará por nova autópsia
Juliana Marins morreu após cair em vulcão durante trilha na Indonésia. Perícia será realizada nesta quarta com presença da família e PF
Jonatas MartinsSamara Schwingel - Metrópoles
Publicado: 01/07/2025 às 21:06

Corpo da publicitária brasileira Juliana Marins chega à base do Galeão, no Rio de Janeiro (MAURO PIMENTEL/AFP)
O corpo de Juliana Marins, de 26 anos, chegou ao Rio de Janeiro na noite desta terça-feira (1º/7), após uma operação de translado que envolveu a Força Aérea Brasileira (FAB). A jovem morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O avião da FAB pousou na Base Aérea do Galeão às 19h40, trazendo o corpo de São Paulo, onde havia desembarcado horas antes em um voo da companhia Emirates. evidências.
Após a chegada à capital fluminense, o corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, onde será realizada uma nova autópsia na manhã desta quarta-feira (2/7). O procedimento acontece por determinação da Justiça Federal e deverá contar com a presença de um representante da família e de um perito da Polícia Federal.
A realização da nova necropsia foi viabilizada por um acordo entre a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e o governo do estado do Rio de Janeiro. A intenção da família é esclarecer o horário exato da morte e averiguar se houve possível omissão no socorro por parte das autoridades indonésias.
“A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil, em Jacarta, se baseou em autópsia realizada pelas autoridades indonésias, mas não trouxe informações conclusivas sobre o momento exato do falecimento”, informou a DPU em nota.
O pedido para a nova perícia foi encaminhado pela DPU à Justiça Federal e acatado durante audiência realizada na tarde desta terça-feira pela 7ª Vara Federal de Niterói. Segundo a defensora pública federal Taísa Bittencourt, o novo exame é essencial para garantir a preservação de elementos que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos.
Por que uma nova autópsia será feita
A nova autópsia foi solicitada pela família da vítima, representada pela DPU, que apontou inconsistências no atestado de óbito emitido pela Embaixada do Brasil em Jacarta. O documento se baseou em informações da autópsia feita pelas autoridades indonésias, mas não esclareceu com precisão o momento da morte de Juliana.
A principal dúvida gira em torno da possibilidade de omissão de socorro. Imagens de drones de turistas indicam que Juliana poderia ter sobrevivido por mais tempo após a queda durante a trilha.
A família acredita que ela tenha resistido por dias aguardando o resgate — hipótese que não foi confirmada pela necropsia feita na Indonésia. A depender dos resultados do novo exame, autoridades brasileiras poderão investigar eventuais responsabilidades civis ou criminais.
O que disse a primeira autópsia
A primeira autópsia no corpo de Juliana Marins foi realizada em um hospital na ilha de Bali, na Indonésia, logo após a remoção do corpo do Parque Nacional do Monte Rinjani, na última quarta-feira (25/6). O procedimento foi conduzido na quinta-feira (26/6), e os resultados foram divulgados em uma entrevista coletiva no dia seguinte (27/6).

