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'Tarifaço é tratado com seriedade, mas seriedade não exige subserviência', diz Lula ao 'NYT'

Esta foi a primeira entrevista de Lula ao The New York Times em 13 anos

Estadão Conteúdo

Publicado: 30/07/2025 às 10:01

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante sanção do Projeto de Lei nº 1246, de 2021, que estabelece a obrigatoriedade de reserva mínima de participação de mulheres em conselhos de administração de sociedades empresárias.?Palácio do Planalto, Brasília – DF.
?Foto: Ricardo Stuckert / PR/Ricardo Stuckert / PR

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante sanção do Projeto de Lei nº 1246, de 2021, que estabelece a obrigatoriedade de reserva mínima de participação de mulheres em conselhos de administração de sociedades empresárias.?Palácio do Planalto, Brasília – DF. ?Foto: Ricardo Stuckert / PR (Ricardo Stuckert / PR)

Em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, publicada nesta quarta-feira, 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil está tratando a tarifa de 50% aos produtos brasileiros anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com seriedade, o que não significa subserviência ao país.

"Tenham certeza de que estamos tratando isso com a máxima seriedade. Mas seriedade não exige subserviência", disse o presidente. "Trato a todos com muito respeito. Mas quero ser tratado com respeito." A nova tarifa começa a valer na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto.

Segundo a publicação, esta foi a primeira entrevista de Lula ao The New York Times em 13 anos, "em parte porque queria falar com o povo americano sobre sua frustração com o Sr. Trump", escreveu o jornal.

Para o presidente brasileiro, Donald Trump estaria violando a soberania nacional ao tentar interferir no Judiciário, especialmente no julgamento de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

No texto, o jornal norte-americano defende que "talvez não haja nenhum líder mundial desafiando o presidente Trump tão fortemente quanto o Sr. Lula". O chefe do Executivo brasileiro diz ter "preocupação" com as consequência das tarifas, mas afirma que isso não causa "medo" no governo.

"Em nenhum momento o Brasil negociará como se fosse um país pequeno contra um país grande", disse Lula. "Conhecemos o poder econômico dos Estados Unidos, reconhecemos o poder militar dos Estados Unidos, reconhecemos a dimensão tecnológica dos Estados Unidos."

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