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Mudanças climáticas

Temperaturas recordes no verão do hemisfério norte

Segundo os especialistas, este junho está sendo considerado o mais quente já registrado, com picos históricos de temperatura

Isabel Alvarez

Publicado: 30/06/2025 às 19:52

Foto tirada em 29 de junho de 2025 com um drone mostra uma rara

Foto tirada em 29 de junho de 2025 com um drone mostra uma rara "nuvem em rolo", uma enorme nuvem horizontal avançando do horizonte em direção às praias do Oceano Atlântico durante a onda de calor perto do Cabo da Roca, sudoeste de Portugal. (Foto de Arthur CARVALHO / AFP) ( AFP)

Os meteorologistas avisaram que as ondas de calor têm um novo padrão climático e vários países europeus, especialmente no sul do continente, como Espanha, Portugal, além da França, Itália e Grécia, já enfrentam um verão com temperaturas escaldantes e recordes, que ultrapassam os 40° graus Celsius.

Segundo os especialistas, este junho está sendo considerado o mais quente já registrado, com picos históricos de temperatura, onde o risco de incêndios florestais é também muito elevado.

No último sábado, a Espanha já havia registrado um recorde desde o início das medições, com 46°C em Granada, no sul da Andaluzia.

As autoridades de quatro países mantêm alerta de saúde. Na França, as últimas 24 horas foram os mais quentes num mês de junho e é previsto que os primeiros dias de julho sejam ainda tórridos. Inúmeras escolas precisaram ser fechadas. "Nunca vimos isso antes", afirmou Agnès Pannier-Runacher, ministra francesa da Transição Ecológica.



Em Portugal, também nunca houve tanto calor num mês de junho desde que começaram os registros, de acordo com o serviço de meteorologia. Por causa do calor extremo, sete municípios estão com aviso vermelho, em particular no centro e sul do país, desde Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Lisboa, Setúbal, Évora e Beja. Nesta segunda-feira (30), os termômetros nessas regiões marcaram temperaturas bem acima dos 40° graus. Já o máximo foi atingido no domingo na cidade de Mora, no Alentejo, que registrou recorde com 46,6 graus.


Na Itália, mais de vinte cidades se encontram com alerta máximo. Os serviços de emergência dos hospitais italianos reportaram um aumento de 10% nos casos de insolação. "Principalmente nas cidades que registram não apenas temperaturas muito altas, mas também maior umidade As principais vítimas são idosos, crianças, pacientes com câncer ou pessoas em situação de rua sofrendo de desidratação, insolação e exaustão”, comunicou Mario Guarino, vice-presidente da Sociedade Italiana de Medicina de Emergência.

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