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Série D: veja motivos para acreditar ou não na classificação do Santa Cruz contra o Altos

Cenário incerto do Santa Cruz marca disputa por classificação às quartas de final da Série D

Paulo Mota

Publicado: 19/08/2025 às 17:00

Jogadores do Santa Cruz/Rafael Vieira

Jogadores do Santa Cruz (Rafael Vieira)

Faltando pouco para a definição do futuro do Santa Cruz na Série D do Campeonato Brasileiro, a dúvida que paira sobre a cabeça da torcida coral é uma só: ainda dá pra acreditar? A resposta, como quase tudo no futebol, é um dilema — e ambos os lados têm argumentos consistentes.

Por que não acreditar?

A fase ruim como visitante é alarmante. O Santa Cruz acumula quatro jogos sem vencer longe de casa, sendo três derrotas e um empate. Resultados como 2x1 para o Sergipe, 2x0 para o Horizonte e 3x1 para o Ferroviário, além do 0x0 contra o América-RN, expõem a dificuldade do time em ser competitivo longe dos seus domínios.

O desempenho coletivo caiu drasticamente. A Cobra Coral que encantou no primeiro turno, com intensidade, repertório e confiança, desapareceu. Em seu lugar, uma equipe sem identidade, nervosa e cada vez mais pressionada. A irritação da torcida na Arena de Pernambuco foi o retrato de um time que parece ter se perdido na caminhada.

Como se não bastasse, o próximo adversário é o Altos-PI, fortíssimo em casa. Em 16 jogos sob seu mando de campo em 2025, o time piauiense só foi derrotado uma vez. São nove vitórias, seis empates e apenas uma derrota, com excelente aproveitamento. Um cenário hostil para quem precisa dar resposta urgente.

Por que ainda acreditar?

Apesar de tudo, o elenco do Santa Cruz segue entre os melhores da Série D no papel. Não é à toa que terminou o primeiro turno como líder geral da competição. Em jogos decisivos, qualidade técnica e experiência podem pesar. E nomes como William Alves, Toty e Thiago Galhardo conhecem bem a pressão de decisões. Em campo, podem ser voz de liderança para manter o time centrado.

Além disso, houve uma resposta interessante no segundo tempo do jogo de ida. Após um primeiro tempo em que o Altos-PI dominou, o Santa Cruz repensou a estratégia, melhorou com Pedro Favela no meio e passou a criar chances com Willian Júnior, Renato e Thiaguinho. A bola não entrou, mas a mudança tática mostrou que o time ainda pode reagir.

Se o futebol é mesmo decidido em detalhes, talvez seja justamente essa margem tênue entre o caos e a esperança que ainda mantenha a chama acesa no Tricolor. O Santa Cruz está entre a cruz e a espada — mas ainda não está fora da luta.

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